Quem é Marcelino ULTRA?

Quem é Marcelino ULTRA?
- Cristiano Marcelino (36 anos) é Bombeiro Militar, Ultramaratonista, Professor de Educação Física graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Mestre em Ciências pela UFRJ. Casado com Nilce Marcelino (37 anos) e pai de Filipe Marcelino (9 anos).

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Matéria: Passadas de Verão

Caros amigos,
segue abaixo o texto da Matéria em que colaborei para o Jornal GAZETA DO POVO, de Curitiba /PR.

A Matéria é sobre corrida na areia, fui entrevistado por ser o Diretor Geral do Circuito das Academias de Niterói, que possui uma de suas etapas com percurso na areia, a BEACH RUNNING, em Piratininga - Niterói / RJ.

Segue o texto:
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Enviado por Adriana Brum, 05/02/2011 às 00:00
A beira-mar é um convite irresistível a quem corre: toda aquela faixa de areia para percorrer, paisagem extremamente agradável, a brisa marítima de bônus ... E a areia! O solo fofo pode ser um aliado dos exercícios no verão, porque tem lá seus benefícios, mas também pode ser uma armadilha – mesmo aos corredores mais preparados.

Terrenos arenosos têm a vantagem de absorver melhor o impacto do corpo. Apesar de menos choque nas articulações, o piso pesado exige mais esforço muscular, facilitando o aparecimento de dor e le­­sões por estresse. Por isso as opiniões e estudos so­­bre a corrida na areia estão longe de ser consenso.

A triatleta e sócia da BPM Asses­­soria Esportiva, Vanessa Cabrini, cos­­­tuma recomendar algumas ati­­vidades na areia para seus corredores durante o verão, especialmente porque é um período do ano em que estão em uma espécie de “pré-temporada” do calendário de provas.

“Tem-se treinos qualitativos porque se pode focar no treino de fortalecimento muscular. O solo fofo também desafia a propriocepção [a capacidade de perceber o posicionamento do corpo no es­­paço]”, diz. Ela indica treinos in­­ter­­valados, fartleks (trotes alternado com velocidade), nada de longa duração.

Exatamente pela alteração da propriocepção é que o autor do li­­vro Corrida de Rua: uma abordagem fisiológica e metodológica e professor do cursos de pós-graduação da Uni­­versidade Gama Filho, Alexan­­dre Evangelista, desaconselha tal hábito. “Essa mudança causa so­­bre­­car­­gas excessivas”, fala.

Em comum, ambos afirmam que a areia não é indicada para quem está ensaiando as primeiras passadas em aceleração. É um tipo de solo mais desgastante, em que é necessário ter preparo físico e hábito de corrida prévios.

E, para um treino a contento, os tênis são indispensáveis para evitar bolhar ou outras machucaduras externas.

Saber tirar o melhor proveito de cada tipo de terreno também in­­fluencia um bom treino. Mais próximo ao mar, a areia está mais com­­pactada e pode-se imprimir uma velocidade semelhante à do asfalto, com as vantagens de maior gasto calórico e menor impacto.

O risco está em terrenos em de­­clive: o desalinho do solo reflete-se no corpo, forçando mais um lado do corpo do que outro. Re­­co­­men­da-se fazer treinos curtos nessas áreas, priorizando rotas de ida e vol­­ta, para que um lado do corpo não seja mais forçado do que o outro, evitando lesões nas articulações e no quadril.

“Quem corre no asfalto e tem de saber que vai ter um desgaste 30% maior na areia. Por isso tem de programar treinos de menor distância e menor velocidade do que na pista”, recomenda o Técnico da As­­ses­soria de Corrida CE+3 em Niterói (RJ), Cristiano de Abreu Marcelino, que promove competições de corrida na areia.

Não se deixe enganar pela brisa marítima: mesmo nas primeiras horas da manhã ou ao entarde­cer, o calor da estação causa maior perda de líquidos, que de­­vem ser repostos durante e depois dos treinos.

Os dois lados
Com opiniões bastante diferentes, dois espe­­cia­­­­listas em corrida fa­­lam sobre como tirar o me­­lhor proveito dos treinos na orla:

1) Alexandre Evangelista, autor do livro Corrida de Rua: uma abordagem fisiológica e meto­­do­­ló­­gica e professor do cursos de pós-gra­­duação da Universidade Gama Filho.
Correr na areia é bom?
Não. Para iniciantes, não é bom porque muda a propriocepção, ativa proprioceptores musculares e articulares, que transportam as vias de sinalização aos estímulos externos, ajudam a organização do corpo. Quando a propriocepção é alterada porque o terreno é irregular, há sobrecargas externas. Para quem quer diminuir tempo também não é bom. A areia aumenta muito o tempo de contato do pé com o solo, o que prejudica a produção de potência do corredor. No asfalto, o tempo de contato menor consegue uma passada mais rápida e transforma a energia química em contração muscular. Na areia, essa energia se dissipa em calor.
Em algum sentido correr nesse tipo de solo melhora o rendimento?
É bom para o atleta que quiser trabalhar resistência, anaeróbia. Mas há a sobrecarga das articulações, com mais chances de lesão. E muda a característica da pisada. Na areia, o pé todo entra em contato com o solo. Em corrida de rua, a pisada é da parte medial para frente do pé, mesmo para fundistas.

2) Cristiano de Abreu Marcelino, Técnico da Assessoria de Corrida CE+3 em Niterói (RJ) e promotor de provas de corrida na areia
Correr na areia é bom?
É ótimo para qualquer tipo de pessoa. Além de ser um treinamento de fortalecimento, é um estímulo ao treino pela paisagem. Pode-se elaborar treinos calçado ou descalço, conforme a preferência de cada um. Claro, sempre tendo a atenção à técnica da corrida e cada um dentro do seu nível de treinamento. Apesar de ser uma corrida mais difícil do que em pista, tem menos impacto.
Na areia mais batida, mais compacta, o impacto segue pequeno e tem-se menos esforço.
Que tipos de treino podem ser feitos à beira-mar?
A areia mais fofa é para treinos de força, que podem ser feitos não mais do que uma vez por semana, com uma série de tiros ou um intervalado. Até um circuito de exercícios, mas não um treino de rodagem, que será exaustivo demais. Para esses treinos, a areia dura, mais compacta, pró­­xima ao mar. Aí, o cuidado é com o desnível da praia. O ideal é procurar o terreno mais plano, mais próximo à restinga. A areia é mais desgastante do que o asfalto. Não se pode correr à beira-mar com o mesmo desempe­­nho de velocidade e ritmo que se faz na pista. A recuperação é mais lenta, exige tempo de descanso entre um treino e outro.

Mitos e verdades
Estudos sobre a prática de exercício em diferentes tipos de solo divergem em conclusões. Mas, na areia, há um quase consenso:
Verdade – correr na areia emagrece mais do que no asfalto.
– O gasto calórico à beira-mar é maior que na pista. Estima-se que uma hora em terreno plano consuma 600 kcal. Já em terreno irregular, o gasto é de 660 kcal.
Mentira – a areia causa menos impacto e, por isso, há menos risco de lesões no joelho.
– O solo provoca instabilidade e pode causar lesões.
Verdade – os treinos em solo fofo fortalecem a musculatura.
– Com o maior esforço para iniciar a passada, os músculos são mais exigidos.
Mentira – na areia, corre-se descalço.
– Tênis evitam queimaduras, bolhas e cortes nos pés.
Mentira – usar tornozeleira ajuda.
– O aparato tem, no fundo, mais efeito psicológico.
* * * * *

Pode ser vista a matéria no site do Jornal, clicando AQUI. Também tem a versão impressa do Jornal.

2 comentários:

Thiago Melo disse...

Boa matéria...ainda não tenho hábito de treinar na areia, mas vou pensar mais no assunto.
Abraço,
Thiago Melo
http://corredoraprendiz.blogspot.com/

geraldo mineirinho disse...

MEU AMIGO,OCE NEM IMAGINA COMO EU FIQUEI FELIZ DI VE OCE SIGUINO U MEU BLOG,VIU EU VOU SEGUI OCE TAMBEM,VIU.EU TIVI DANDO UMA OLHADINHA NU SEU BLOG ,ELI É BUNITO DIMAIS ,NÉMESMO,TEM BASTANTI ASSUNTOS MUITO INTERESSANTI NÉMESMO.ABRAÇU DU SEU AMIGO AQUI DI MARINGA.FICA COM DEUS;TODAS AS VEZES QUI EU TIVÉ UMA FORGUINHA VOU DAR UMA PASSADINHA POR AQUI VIU;